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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Deborah Secco confessa: “Quero muito ser mãe”

Ela vence depressão, descobre novos valores e passa a priorizar o amor

O ano chega ao fim com uma grande certeza para Deborah Secco (35). “Eu mudei radicalmente. E não foi fácil”, conta, impregnada das emoções. Privações, a descoberta da morte e até uma depressão — durou cerca de quatro meses e precisou ser internada algumas vezes —, a levaram por um caminho tortuoso, mas de muita reflexão. Ao chegar ao fim, no entanto, a atriz se vislumbra feliz e totalmente renovada. Solteira, passou a encarar o fato sem ansiedade. “Foi ótimo ficar sozinha e ver que sou capaz disso. Que estou feliz, plena e a vida segue lindamente”, justifica. A grande condutora de tantas mudanças em Deborah foi Judite, sua personagem em Boa Sorte, uma ex-viciada e soropositiva que vive o amor pela primeira vez, em cartaz nos cinemas do País. Elogiadíssima por sua atuação, repleta de nuances entre a intensidade e a fragilidade, a atriz chegou a perder 11 quilos para o papel, atingindo 44. Depois, não só voltou ao peso normal, 55, como ganhou mais 14 para rodar o longa O Troco, com estreia prevista para o primeiro semestre de 2015.
Em uma das melhores fases da carreira, no ar na global Boogie Oogie e já escalada para gravar a partir de março a próxima trama das 11, de Walcyr Carrasco (63), Deborah sente-se confortável e segura para finalmente buscar o verdadeiro amor e construir sua família: “Quero muito ser mãe”, avisa.
– Por que o filme Boa Sorte mudou a sua vida?
– Descobri com a Judite que vou morrer. Sempre soube, mas nunca soube mesmo. Por isso, preciso respeitar minha essência, não ser menos feliz do que quero, posso e devo ser. A gente só tem o agora.
– E o que isso concretamente transformou você?
– Ah, foi radical. Quando terminei o filme, mudei tudo.  Não ia ao mar todos os dias, passei a ir, me faz bem. Resolvi questões pendentes e emocionais. Tirei pessoas da minha vida, pus outras. Foram decisões duras, difíceis. Também elegi prioridades, como a de achar alguém, um companheiro. Mas quero de verdade. Talvez na próxima relação deva focar mais na pessoa que no meu trabalho.
– Acha que cometeu um erro?
 – Tentaria fazer diferente agora. Cheguei à conclusão de que a pessoa precisa de equilíbrio e por vários motivos não pude ter isso. Tinha uma família que dependia de mim, botava isso em primeiro lugar. Não sei se foi a escolha errada, mas foi minha escolha. Hoje, minha mãe e meus irmãos já andam sozinhos, tenho uma carreira que me realiza e estrutura financeira, o que me dá paz e serenidade. Então, posso buscar outras coisas e começo a sentir falta de ter a minha própria família. 
– Como encontrar esse amor?
– Tenho certeza, vou achar. Às vezes, olho para a lua e penso: será que essa pessoa está pensando em mim tanto quanto eu penso nela? Desde criança faço isso.
– Mas você não é muito fechada, reclusa, sai pouco?
– Sou, talvez necessite me abrir mais. Não adianta sair para uma balada, por exemplo, ali não vou achar quem me complete. E a falta da ansiedade está me fazendo muito bem. Após muitos anos de análise, essa questão está cada vez mais bem resolvida. Nunca tive uma figura masculina na minha vida, e sempre a busquei intensamente. Meus pais se separaram quando eu tinha 12 anos. A carência de ter um homem para cuidar de mim, essa coisa fantasiosa da menina, me fez errar mais. Tinha um Deus na mente e era quase impossível substituí-lo por um ser real.
– E o que você espera de um companheiro?
– Alguém disposto a viver em parceria. Certas hora vou precisar ser cuidada. Em outras, vou cuidar. Não sou feminista, do tipo que vê os dois sexos iguais, porque não são. Mulher é mais sensível, fragiliza emocionalmente bem mais. Então, o homem precisa pôr no colo mesmo, da mesma forma que a mulher precisa incentivá-lo.
– E o desejo de engravidar?
– Não faço questão se não for de verdade. Não quero filho sem família ou amor. Já pensei em adotar, mas hoje me questiono se faria isso sem ter um homem do lado para não gerar essa carência que eu tive. Mas sou mutante, pode ser que em um ano pense diferente.
– Lidar com a morte trouxe algum tipo de medo dela?
– Não, mas me fez questionar bastante. Teve uma fase em que fiquei bem depressiva, achando que não valia a pena tanto sofrimento para, no fundo, nada. Em meu laboratório, me lembro de uma menina de 12 anos soropositiva. Disse que ela iria para o céu, um lugar especial. Ela respondeu: ‘De verdade, de verdade, não sei, ninguém sabe. De verdade, se tiver outra vida, não sei se vai ser legal como essa. De verdade, o que sei é que gosto de bolo de chocolate com brigadeiro. Você traz para mim?’  Levava toda semana porque, de verdade, de verdade, a gente não sabe por que está aqui. E isso me deixou deprimida. Foram quatro meses, com algumas internações nesse período.
– A que atribui a depressão?
– Principalmente, à perda da Judite. Foi como se eu tivesse perdido metade de mim, minha melhor parte. Minha vida voltou a ser chata sem ela. Você vive aquele mundo e, de repente, volta para sua casa que não é tão interessante assim. Sua vida não é um filme, não tem trilha sonora nem planos incríveis e mirabolantes. Então, é muito difícil desapegar de tipos tão arrebatadores. Essa despedida é cruel. Mas o tempo é senhor de muitas coisas. Uma delas é fazer o que é muito grande ficar menor. Mostra que as dores são curáveis.
– Como saiu da depressão?
– Porque estou viva, estou aqui. Acho que não tenho que questionar e ser feliz com o que me é dado agora, neste instante. Sou pessoa de fé, acredito que de fato tem algo a mais. Estou aqui para evoluir. Creio que amanhã posso ser melhor do que sou hoje. Aprendi a enxergar meus defeitos, a trabalhá-los da melhor maneira possível, a cultivar o desapego à matéria, ao que realmente não tem valor. E me apegar ao que vale, ao amor.
– Qual lição ficou?
– Aprendi que certas frases que pareciam clichês são muito reais, como entender que a vida é algo maior. Precisamos estimular o amor de uma forma geral. Por isso, tento executar pequenos gestos diariamente. Dar um sorriso, um abraço apertado, estender a mão, olhar no olho, coisas que as pessoas sentem falta e mostram o interesse pelo outro.

Com Homenagem, Marcelo Tas Se Despede Do "CQC" E Deseja Sorte Ao Sucessor.

Após sete anos no "CQC", Marcelo Tas se despediu do programa com declarações da mulher, dos filhos e do colega de bancada Marco Luque. 
"Será difícil o ano de 2015 sem o Tas. Eu aprendi muito com ele, ele é um cara extremamente carinhoso. Você vai fazer muita falta, você mora  no meu coração", afirmou Luque. Tas encerrou suas atividades à frente de 295° edições nesta segunda-feira (22), ao vivo, na Band.
"A gente tocou o coração de uma geração. Tenho muito orgulho. Para mim, isso não acaba aqui. Estarei à solta e acompanhando esse programa. Desejo muito boa sorte ao Dan Stulbach, esse programinha tem muita vida pela frente. O programa de hoje foi mais que especial. É um gratidão enorme. Quero agradecer a Band e sobretudo esse cara, meu querido Marco Luque", declarou, Tas emocionado.
Assim que o programa iniciou, Marcelo declarou que era sua última participação ao vivo e declarou sua emoção. "Coração muito quentinho para receber a plateia mais 'tchutchu'. É um programa de papai noel e não de lágrimas", avisou. A atração do dia 29 de dezembro será gravada.
O recado não funcionou e o primeiro a chorar foi Andreoli. "Caros, quero me despedir de um grande repórter, o Felipe Andreoli. A gente ama esse garoto", disse Tas, que pediu para o colega de trabalho ir até o palco. Ele estava sentado na plateia.
Emocionado, Felipe agradeceu Tas, Marco Luque e Dani Calabresa. "Cara, não sei nem como agradecer. O programa não está dando audiência, por isso me chamaram aqui para chorar?. Foi incrível essa jornada, pude conhecer o mundo, entrevistar os caras mais fantásticos, principalmente, do esporte, que amo muito. Vou levar os amigos daqui para sempre", disse Andreoli.
Ao final do programa, Tas tirou a gravata e deu de presente para um dos câmeras que participou das 295 gravações.
No dia 4 de novembro, Tas oficializou a sua saída do "CQC", que passará a ter o comando de Dan Stulbach em 2015. Mesmo com o interesse da Bandeirantes em renovar o seu contrato, Tas optou por encarar outros desafios e já se sabe, inclusive, que ele está estudando propostas de outros canais de TV. Record e SBT, por exemplo, nunca esconderam interesse no seu trabalho. Segundo informação do colunista do UOL, Flávio Ricco.
No entanto, Tas e Band negociam um novo contrato para que ele apresente 'Unwritten History', (título provisório de 'A História não escrita'). É uma produção que mistura  documentário com dramaturgia para recontar fatos marcantes da história do Brasil. As negociações serão finalizadas em janeiro, após as férias".
Envolvido no lançamento de um game e colaborador do jornal americano The New York Times, Tas contou que pretende voltar a estudar. Ele é formado em jornalismo e também cursou engenharia na Escola Politécnica da USP. "Estou louco para estudar novamente e era algo difícil para fazer se eu continuasse apresentando um programa ao vivo, como o 'CQC'", contou ele.

Além de Marcelo, Dani Calabresa, Oscar Filho, Ronald Rios e Guga Noblat devem deixar a atração em 2015. Para o lugar de Tas foi escolhido o ator e apresentador Dan Stulbach. O ex-CQC Rafael Cortez também deve retornar, assim como Rafinha Bastos.